Santiago de Compostela (Espanha) a Fátima (Portugal)
Desde o século XVIII muitos peregrinos rumavam a Fátima para visitar o Santuário de Nossa Senhora da Ortiga.
Mas a partir de 1917, contudo, passaram a fazê-lo com maior afluência, sobretudo, para visitar o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, situado na Cova da Iria, e ainda o local das aparições do Anjo da Paz, nos Valinhos, perto de Aljustrel.
No princípio do século XX, peregrinar até junto da Capelinha das Aparições era uma verdadeira experiência de fé, pois implicava sair de casa a pé, sem carro de apoio e com a vida às costas, caminhar pelos campos e estradas rurais não sinalizadas, dependendo da generosidade dos habitantes ao longo do caminho para ter onde beber, comer e dormir.
Com o desenvolvimento vieram as estradas asfaltadas e a generalização das peregrinações junto às vias rodoviárias, os romeiros passaram a estar acompanhados de carros de apoio logístico, preterindo a experiência de caminhar tranquilamente pelos campos pela chegada rápida e muitas vezes insegura ao Santuário de Fátima.
No ano de 2003 e 2004 após percorrer a Rota Portuguesa do Caminho de Santiago, observamos umas setas azuis no sentido contrário, que viemos descobrir depois que era a sinalização do Caminho de Fátima, que viríamos percorrer em 2005 com um grupo de 5 pessoas, saindo de Santiago de Compostela e terminando em Fatima. Como era uma sinalização não tão boa como é hoje e naquela época não havia GPS sofisticados como temos hoje, nossa orientação era na maior parte em cima de mapas. Como havíamos tempo disponível fizemos um caminho mais longo, passeando pelo litoral e cidades importantes. A quilometragem total de nossa viagem foi torno de 450 quilômetros. Hoje o trajeto está melhor sinalizado e a quilometragem total é a metade do que fizemos em nossa ciclo peregrinação.
Pedalar entre Santiago de Compostela a Fátima é pedalar entre Castelos e Muralhas que ensaiam peças onde se misturam fantasias e histórias reais, de guerras e conquistas, cantando baixinho, do alto dos seus morros. Mosteiros que abrigam nos seus claustros, corredores e salas de vidas de monges, reis e princesas. Igrejas e ermidas carregadas de crenças que levam ao ex-líbris dos locais de culto: Fátima. Onde a Fé, incolor clara, se manifesta em mais uma chegada de mais um peregrino, e no arder quente das velas, que se gastam com a passagem do tempo.
Praias, de um azul turquesa rude. Ondas que rebentam e se espreguiçam, deixando rastos de espuma alva. Rostos velhos e cansados que relembram os dias de glória, quando enfrentavam corajosamente o mar revolto. Pescadores que preparam mais uma jornada de faina e mulheres que esperam ansiosamente um breve regresso. Trajes cuidados, de cores alegres, que ondulam ao som das chinelas. Danças e cantares que se entoam, com alegria desmedida, na roda viva da vida. Esplanadas que se enchem, ao por do sol, de visitantes forasteiros, que apreciam gulosamente peixes e mariscos vermelhos – vivos.
Montanhas e vales esculpidos na pedra, que respiram esporte e aventura, por trilhas não descobertas e caminhos marcados pela mão humana. Grutas, verdadeiras esculturas da natureza, em alas e galerias inesquecíveis. Águas límpidas e terapêuticas, que revitalizam o corpo e o espírito, paisagens imensas pintadas de verde, um pulmão natural que o rei poeta mandou semear.
Tradições antigas que se revivem em animadas romarias e nas cores alegres de mais uma peça artesanal, esculpida pelas mãos de um hábil artista: miniaturas de barcos, vimes, peças de barro, azulejos, vidros e cristais. Deliciosos pratos que desfilam nas mesas dos restaurantes e alimentam o doce pecado da gula.
Uma peregrinação é sempre um momento importante na vida. É um momento de descoberta de uma nova maneira de olhar em volta ou de uma nova maneira de olhar para dentro. Por isso este é um dia de festa particularmente esperado.
Para realizar este sonho, ao mesmo tempo em que é importante um bom preparo físico e mental é necessário um trabalho de consciência e ambientação com a rota, lendo sobre a história do caminho, buscando informações para que nossa viagem possa ser inesquecível.
Em 2008 foi fundada a Associação de Amigos dos Caminhos de Fátima.
O trabalho desta associação é essencialmente prático e sem fins lucrativos: a marcação de setas do caminho em Portugal, manter um site de informações peregrinas, prestar apoio na preparação de peregrinações, emissão de credenciais, à organização de peregrinações pelos campos, formação de guias peregrinos, acolhimento de peregrinos no albergue do Porto da Luz.
Para possibilitar a indicação do Caminho no sentido oposto, nomeadamente para orientação dos Peregrinos que de Santiago de Compostela se dirigem a Fátima, encontrarás também setas azuis que identificam o Caminho de Fátima, de Valença até ao Porto.
4 Rotas foram sinalizadas em direção ao Santuário de Fátima, são eles:
- Caminho do Tejo, ligando a cidade de Lisboa ao Santuário de Fátima (141km). O caminho inicia-se em Lisboa, no Parque das Nações, interligando a Póvoa de Santa Iria, Alverca, Alhandra, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Rainha, Azambuja, Valada, Ómnias, Santarém, Azoia de Baixo, Advagar, Santos, Arneiro de Milhariças, Monsanto, Minde, Giesteira e terminando, então, no Santuário de Fátima.
- Caminho do Norte, ligando Santiago de Compostela ao Santuário de Fátima (225km). O caminho de Fátima a norte usa o Caminho de Santiago em sentido inverso até Ansião. Nesta cidade abandona o Caminho de Santiago e bifurca em direção a Caxarias.
- Caminho Nascente , ligando a cidade de Tomar ao Santuário de Fátima (29,4km). Caminho marcado, georeferenciado e aberto em Abril de 2015 pela Associação de Amigos dos Caminhos de Fátima. Este pequeno caminho foi criado a pensar nos peregrinos de Santiago de Compostela que vão querem visitar o Santuário de Fátima ou vice-versa.
Diário de nossa ciclo-viagem
Dia a dia do Pedal:
Data | Local | Km |
1º dia | Embarque do Brasil com destino à cidade de Santiago de Compostela, vôo via Madrid. | |
2º dia | Chegada na cidade de Santiago de Compostela. | |
3º dia | Dia livre na cidade Santiago de Compostela. | |
4º dia | Início da pedalada: Santiago de Compostela-Caldas de Rei | 45 |
5º dia | Caldas de Rei-Redondela | 58 |
6º dia | Redondela-Valença | 36 |
7º dia | Valença-Ponte de Lima | 39 |
8º dia | Ponte de Lima-Barcelos | 36 |
9º dia | Barcelos-Porto | 55 |
10º dia | Porto-Aveiro | 81 |
11º dia | Aveiro- Praia de Quiaios | 77 |
12º dia | Praia de Quiaios-Pombal | 60 |
13º dia | Pombal-Fátima | 54 |
14º dia | Traslado Fátima- Lisboa | |
15º dia | Pela manhã retorno pra SP |
A quilometragem total de nossa viagem foi torno de 450 quilômetros.
1º dia – Santiago de Compostela, preparações para início da pedalada
A cidade de Santiago de Compostela é muito especial. Uma cidade com muitos jovens e pessoas do mundo inteiro passeando pelas ruas. Uma cidade com muita vida.
2º dia – Santiago de Compostela a Caldas de Rei
A Catedral de Santiago de Compostela, belo monumento arquitetônico é o ponto de partida dessa rota de peregrinação.
Uma curiosidade a ser observada é que enquanto centenas de peregrinos chegam e se emocionam após dias e dias de peregrinação, uma nova viagem esta iniciando.
Sair de Santiago de Compostela é meio difícil, um trânsito muito intenso pelas estreitas ruas da cidade. Após uns oito quilômetros é possível sair de toda agitação e seguir por estradinhas alternativas, com pouco trânsito de carros em meio a muito verde das videiras da região. De início muita descida, uns 500 metros, tudo asfalto. Muitos vilarejos serão atrevessados e todos eles o que mais chama a atenção são as igrejas, muito antigas. Mais o que mais fica marcado no dia nessa primeira etapa de pedal é uma ponte Romana durante o caminho.
Após 45 quilômetros a primeira etapa de pedal termina na cidade de Caldas Del Rei, uma tranqüila cidade que faz parte do Caminho Português de Santiago, que é também uma cidade de águas termais, com balneários espalhados por vários pontos da cidade e um turismo intenso da terceira idade. Muito simpática!
3º dia – Caldas de Rei a Redondela
A pedalada segue rumo à cidade de Pontevedra. Pouco mais de três quilômetros, a dica é sair da estrada principal, que é meio movimentada e seguir por uma estradinha secundária, bem tranqüila e muito mais bonita, sendo o que mais predomina na paisagem são as videiras e em muitas casas um cartaz com anúncio “vino”, uma constante durante toda a viagem.
Em Pontevedra,o trajeto segue por uma avenida bem bonita ao lado de um rio com calçadão e muitos pescadores. O caminho corta toda a cidade e muita subida pela frente, a estrada sobe uma serra, onde durante todo o trajeto, ao lado direito, uma bela vista de uma bela baia alivia a dor da subida.
O final da etapa é na cidade de Redondela após 58 quilômetros.
4º dia– Redondela a Valença – Chegando a Portugal
Até Porriño o trajeto segue grade parte por estradinhas secundárias. Na Espanha e Portugal praticamente não existem estradinhas de terra como no Brasil, quase todas essas estradas secundárias são asfaltadas em na sua grande maioria bem estreitas. Novamente vilarejos bem rurais, repletos de plantações são atravessados.
A cidade de Tuy é a ultima cidade percorrida na Espanha.
O magnífico Rio Minho divide os dois países, onde a travessia ainda se faz através por uma ponte construída por Gustavo Eiffel, em 1885 (o mesmo da Torre Eiffel). A ponte é uma bela construção toda em ferro.
Na divisa é obrigatório uma parada para tirar as tradicionais fotos com placa dos países ao fundo. Atravessando a ponte avistamos a parte antiga de Valença, no alto do morro, uma área fortificada, uma bela construção medieval toda de pedra. Não víamos a hora de chegar ao nosso hotel e tomar um gostoso banho quente. Após 36 quilômetros termina-se mais uma jornada de pedal.
A dica é se hospedar na parte antiga da cidade que fica dentro de um forte onde normalmente as estreitas ruas fervilhavam de gente, pelas diversas lojas que vendem as mais variadas mantas (tradicionais na região), muitos cafés, restaurantes e os belos monumentos como o Castelo (séc. XIII), a Igreja Matriz no estilo românico (séc. XIII), a Ponte Celta entre outros.
5º dia de pedal – Valença – Ponte de Lima, muito verde e muita descida.
O que é mais marcante nesse trecho é por ser uma zona rural ainda mais intensa, as placas indicam que Rota dos Vinhos Verdes. O trajeto alterna por estradinhas secundárias e por uma tranqüila rodovia nacional. Antes de chegar ao destino final depois de alternadas subidas e descidas ao atingir o ponto mais alto da estrada uma sensacional descida de 15 quilômetros chegando pela parte mais bonita da cidade, a Ponte de Lima, que dá o nome à cidade.
O vilarejo de Ponte de Lima é bastante aconchegante. É considerada a mais antiga vila de Portugal. A simpática vila possui um rico roteiro histórico-cultural, com diversas igrejas dos séculos XIV, XV e XVI, as ruínas da antiga cadeia medieval e a bela Ponte de Lima, uma bela construção romana.
Depois de 39 quilômetros de pedal é possível ter muito tempo para conhecer as belezas desta encantadora cidade e depois repor nossas energias com sua rica gastronomia, onde tem como prato principal o Bacalhau a Lima.
6º dia de pedal – Ponte de Lima a Barcelos –
Neste dia o percurso segue por uma área ainda mais rural das que os dias anteriores. Saindo de Ponte de Lima, serão uns sete quilômetros de subida tranquila, por tranqüila serra, ao contrário que as pessoas nos diziam na cidade que teríamos uma subida muito forte. A paisagem que acompanha na subida da serra, é também muito gratificante. Fim da subida, uns 10 quilômetros de descida !. Talvez ali é possível avistar as setas azuis, que são contrárias as setas amarelas do caminho de Santiago e que indicam o Caminho de Fátima. Seguir pelo caminho demarcado normalmente é, seguir pelo caminho mais curto, mais tranqüilo e bonito.
O fim da etapa é na cidade Barcelos após 36 quilômetros uma cidade com muitas atrações turísticas.
A cidade de Barcelos é conhecida por ter o símbolo de Portugal, o Galo de Barcelos, que diz a lenda: num banquete dado por um rico proprietário de Barcelos, foi roubada uma peça valiosa de prata e um dos convidados foi acusado do crime. Foi julgado culpado pelo tribunal. Apesar das provas evidentes contra ele, reclamou sempre sua inocência. O juiz deu ao acusado uma última oportunidade de se justificar. Vendo um galo cozinhando dentro de um cesto perto dele, disse: “Se eu estiver inocente este galo cantará”. Para espanto de todos, o galo cantou e o prisioneiro foi libertado. Em todas as partes de Portugal é vendido o Galo de Barcelos, já comprei o meu.
7º dia de pedal – Barcelos a Porto
Em Portugal a viagem a cada dia fica melhor. Gostosas pedaladas, ótimos hotéis, bons vinhos e excelente comida, fazem desta viagem algo de inesquecível.
Sempre seguindo por estradinhas rurais, seguindo as setas azuis, que indica o Caminho de Fátima simpáticas vilas serão atravessadas como Carvalhal, Pereira, Corel, Rates e Junqueira, onde vale a pena parar com calma para almoçar e saboreamos um excelente pato e uma feijoada de mariscos.
Quando o trânsito estiver intenso será o anuncio da chegada de uma grande cidade. É a cidade do Porto. Muitos carros, ruas estreitas, mais uma linda cidade.
Após 55 quilômetros a etapa termina na cidade do Porto fica a beira do Rio Douro o maior rio de Portugal. A cidade é um monumento aos céus abertos, devido às muitas construções antigas e preservados por quase toda a cidade.
8º dia de pedal – Porto a Aveiro
O dia mais longo de pedalada, 81 quilômetros entre as cidades do Porto até Aveiro, sem nenhuma subida, um excelente dia, porque é possível conhecer parte do litoral Português.
Para sair da cidade é necessário Atravessar o Rio Douro pela belíssima ponte D. Luis, toda em estrutura metálica e seguir rumo à foz do Rio sempre com ele ao lado direito admirando suas maravilhosas embarcações e a linda composição arquitetônica que é a cidade do Porto. É uma etapa muito legal, mais muito mesmo, este curto trecho. Depois o trajeto segue por um longo trecho a beira mar, por uma ótima ciclovia, melhor se tiver sol e uma gostosa brisa a favor.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção quando fiz a viagem foi à gentileza do povo português. Muito educados, prestativos, atenciosos e receptivos. Bem diferente dos Espanhóis, que não me deixam nenhuma saudade.
Após Ovar, o trajeto segue um lindo caminho, rio de um lado e mar do outro. No rio um tipo de barco nos chama muita atenção, conhecido como mulhiceiros. Ali é a vila de à São Jacinto, que é conhecido por suas dunas. Lá é possível atravessar para Aveiro em um barco, em uma travessia que duraram uns 15 minutos. Mais uns 12 quilômetros de pedal até a cidade e final de mais uma etapa.
A cidade de Aveiro é bastante bonita também e é considerada a Veneza portuguesa, pois é cortada por diversos canais.
9º dia de pedal – Aveiro a Praia de Quiaios
Realmente viajar de bicicleta é algo sensacional, você sente de perto as pessoas, a paisagem, o cheiro, o vento, tudo!
O destino é a Praia de Quiaios. O trajeto segue passando por uma simpática cidadezinha, Ilhavo, onde à construção de suas casas, toda de madeira, bem colorida, chama muito a atenção. Dali pra frente, são uns 12 quilômetros entre um rio e as dunas da praia. Seguindo a pedalada, mais 40 quilômetros serão percorridos em meio a uma floresta de pinheiros, sendo que uns 10 de ciclovia, também no meio dessa densa floresta..
Após 77 quilômetros a etapa termina à Praia Quiaios.
10º dia de pedal – Praia de Quiaios a Pombal
Rumo a Pombal, a dica é seguir as placas para Figueira da Foz, sobe um pouco neste trecho, uns nove quilômetros. O grande movimento de carros anunciava mais uma grande cidade. Atravessa-se uma linda ponte de estrutura metálica, só que essa mais moderna e em seguida é possível sair da muvuca por uma estrada secundária com destino a Louriçal. Este é um trecho muito bonito, onde serão atravessados diversos campos de arroz, compondo uma paisagem magnífica, muito diferente dos dias anteriores. Após muito sobe e desce e dezenas de vilarejos depois, chega-se a Louriçal, após 40 quilômetros de pedal e em pouco mais de 40 minutos chega-se a Pombal onde pedalar até o Castelo do Marquês de Pombal, no ponto mais alto da cidade, distante apenas um quilômetro e meio é programa obrigatório. É deslumbrante! Neste dia são 60 quilômetros no total.
11º dia de pedal – Pombal a Fátima, último dia de pedal
Os primeiros 48 quilômetros de pedaladas é um dos dias mais difíceis de toda a ciclo viagem, devido à grande quantidade de aclives, e como sube, parece até que Fátima esta no céu.
A chegada em Fátima foi algo impressionante, inesquecível e emocionante. Fiéis de todas as partes chegam de todos os lados. Uns ajoelhados percorriam por um caminho todo de mármore até a Capela onde aconteceu a aparição da santa.
Fátima apresenta-se como um espaço de luz primordial para o indizível, no coração de um país e de povos que tem rumado a este altar de Esperança para assim receber as graças de Nossa Senhora.
Jacinta, Lucia e Francisco, pequenas crianças que guardavam seu rebanho num lugar chamado Cova da Iria, receberam a visita de uma Senhora vestida de branco que lhes trazia uma mensagem. Esse dia mudou a vida dos Três Pastorinhos de Fátima, dia 13 de Maio de 1917, por volta do meio dia, logo após rezarem o terço como habitualmente faziam, as três crianças avistaram um clarão de onde saiu uma luz. Uma Senhora mais brilhante que o sol de cujas mãos pendiam um terço braço repousou sobre uma pequena azinheira onde hoje existe a Capelinha das Aparições e informou aos pequenos pastores que seria necessário orar muito, anunciando seu regresso no mesmo local e dia dos meses seguintes.
Essas aparições repetiram-se nos cinco meses seguintes. Em 13 de outubro na última aparição, a experiência da fé e transcendência foi confirmada pelo milagre, em frente de 70 mil pessoas.
Dos aclamados Três Pastorinhos, apenas Lucia permanece viva, tendo ingressado no Carmelo de Santa Tereza de Coimbra e assistido a mais recente revelação do Terceiro Segredo de Fátima, assim como a beatificação, pelo Papa João Paulo II, dos falecidos Jacinta e Francisco Marto, sepultados na Basílica e Santuário.
Após dez dias de pedal, nossa viagem chegou ao fim, após percorrermos aproximadamente 450 quilômetros, de Santiago de Compostela até Fátima. Uma viagem de descoberta e de encontro, de conhecimento das gentes e dos lugares, da riqueza da região e do seu impressionante legado cultural. Emocionante. Inesquecível.
Quando ir:
De Maio a Junho ou de setembro a outubro, evite os meses de férias na Europa e o verão que faz muito calor.
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